A substituta de “Pega-Pega” pretende mostrar o que os
quatro personagens centrais da trama farão ao descobrir que poderão morrer em
breve
Antes chamada de “A Morte Pode Esperar”, “Quanto Mais Vida, Melhor!” deve estrear na telinha da Globo na segunda quinzena de novembro. A trama de Mauro Wilson deveria ter ido ao ar em julho do ano passado, mas com o agravamento da pandemia, todos os projetos inéditos da emissora foram cancelados. Devido ao grande número de vítimas fatais da Covid-19, a direção do canal pediu ao autor que mudasse o nome da novela, sendo assim, “A Morte Pode Esperar” passou-se a chamar “Quanto Mais Vida, Melhor!”. Além disso, a história se passará num mundo pós-pandemia, e por diversas vezes o tema será citado, inclusive, a empresa de Paula (Giovanna Antonelli) tenta se recuperar após o período pandêmico.
Um
ano de vida é o que liga vários personagens na trama de “Quanto Mais Vida,
Melhor!”. O que um jogador de futebol desacreditado, uma empresária
fashionista, um médico cirurgião bem-sucedido e uma dançarina de pole dance
encrenqueira podem ter em comum? Independentemente da classe social, da faixa
etária, do gênero e da crença, ninguém passa batido pela ideia de que pode ter
apenas mais um ano de vida. O abalo, em maior ou menor grau, coloca os quatro
no mesmo barco e impõe a eles os mesmos sentimentos: o medo de se afastar de
quem se ama e de partir sem ter vivido ou reencontrado seu grande amor. É nessa
encruzilhada que acontece o encontro de Neném (Vladimir Brichta), Paula
(Giovanna Antonelli), Guilherme (Mateus Solano) e Flávia (Valentina Herszage).
Após um acidente aéreo, os quatro personagens veem a Morte (A Maia) de perto, e
ela, em pessoa, lhes faz uma ressalva: um deles vai fazer sua passagem de forma
definitiva em um ano. Apesar de pertencerem a universos completamente
diferentes, eles vão descobrir, aos poucos, que suas vidas já estavam
interligadas.
“A
novela é sobre o amor. É sobre o que você faz pelo amor que tem, até onde você
vai por ele. E isso pode fazer você agir errado. Tem muito disso na novela. Na
verdade, tem muito em mim e em qualquer obra que faço. Quando os quatro voltam
do encontro com a Morte, eles querem resolver o amor da vida deles. Qual é o
meu amor? Com quem vou ficar? Qual é a minha história?”, explica o autor Mauro
Wilson, que faz sua estreia solo em novelas, depois de se consagrar como
roteirista há mais 40 anos na Globo, vencedor de dois prêmios Emmy
Internacional, pelo seriado “A Mulher Invisível” (2011) e pela série “Doce de
Mãe” (2014).
“Quanto
Mais Vida, Melhor!” vai fazer uma crônica divertida de tipos bem
característicos do Rio de Janeiro. A Tijuca, bairro da Zona Norte carioca, é o
epicentro da trama. É a terra do ex-craque do Flamengo e da seleção brasileira,
Neném, e do verdadeiro matriarcado que mora com ele. “Eu definiria o Neném como
um craque de futebol, um grande pai e um cara passional. E ao longo da novela,
dada a urgência com que ele precisa resolver seus problemas, sua vida vai
ganhando proporções dramáticas”, aponta Vladimir Brichta, sobre seu personagem.
Só
um milagre de São Judas Tadeu explica a paz em que vivem na mesma casa Dona
Nedda (Elizabeth Savala), mãe de Neném, e duas ex-mulheres dele, Jandira
(Michele Machado) e Betina (Carol Garcia), e as duas filhas que ele teve com
cada uma delas, Martina (Agnes Brichta) e Bianca (Sara Vidal), respectivamente.
Isso enquanto seu irmão caçula – e bandido – Roni (Felipe Abib) não sai da
cadeia. Ainda no bairro ficam o salão de beleza de Nedda, o Neném
Coiffeur, e um animado bar-karaokê. Perto dali, na Lapa, está a boate Pulp
Fiction, onde Flávia (Valentina Herszage) faz shows como dançarina de pole
dance. Na Tijuca, também moram o pai dela, Juca (Fabio Herford), e sua
madrasta, Odete (Luciana Paes), que sustenta a família vendendo “quentinhas” na
região.
Numa
cobertura da Barra da Tijuca, mora Paula (Giovanna Antonelli), proprietária da
Terrare Cosméticos, com a filha Ingrid (Nina Tomsic) e a governanta da casa,
Tuninha (Jussara Freire). Da empresa, ela acompanha toda a movimentação da
rival e arqui-inimiga Carmem Wollinger (Julia Lemmertz), dona da Wollinger
Cosméticos. E, numa mansão do Alto Leblon, vive Guilherme (Mateus Solano) com
sua tradicional família Monteiro Bragança. Médico renomado, ele é casado com a
ex-modelo internacional Rose (Bárbara Colen), e mora com os pais, Daniel (Tatu
Gabus Mendes) e Celina (Ana Lucia Torre), e o filho adolescente Antônio
(Matheus Abreu). No casarão, ainda trabalham a empregada da casa, Deusa (Evelyn
Castro), e o motorista da família, Odaílson (Thardelly Lima).
Desde que ganham uma segunda chance da Morte após o acidente de avião, os quatro
passam a se frequentar e voltam a reencontrá-la ao longo da trama. “A novela é
uma comédia romântica. É sobre o que você faria se tivesse uma segunda chance?
Sobre o quanto consegue modificar e o quanto não dá para modificar da própria
vida. E a Morte, que eles vão rever de forma pontual ao longo da novela, é o
destino dizendo para eles: ‘Você pode morrer a qualquer momento. É melhor você
resolver a tua vida’. Ela vai mostrar a eles que o tempo está passando”,
explica Mauro, que, para isso criou uma personagem bem sedutora: “Ela é uma
mulher linda, exuberante. É a morte dos desenhos animados. A Malévola é minha
inspiração. E ela não dá medo algum (risos)”.
Para
contar essa história de forma leve e divertida, Allan Fiterman, diretor
artístico da novela, carregou nos detalhes que marcam a personalidade de cada
um dos protagonistas e vai fazer uso da trilha sonora de forma especial. Mais
do que um tema de novela, cada tem deles é identificado por um gênero musical.
E para apresentá-los numa narrativa ágil, como pede a escrita de Mauro Wilson,
apostou numa linguagem surrealista e fantástica, com referências
cinematográficas.
“Quanto Mais Vida, Melhor!” é um convite a uma viagem por um mundo divertido e lúdico que promete agradar aos fãs de novelas.
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