Um dos maiores
fenômenos da história da Netflix é a série coreana que combina drama, suspense,
horror e aventura. “Round 6” usa todos esses gêneros para traçar um painel sombrio da crise global na economia. A trama acompanha pessoas de vários estratos sociais, que fracassaram na vida por razões diferentes, de repente, recebem uma segunda
chance. Ela chega na forma de um convite misterioso para participar de um jogo de sobrevivência. Todos se lançam na disputa de uma fortuna equivalente a 38 milhões de dólares. Só que não se deve confundir jogo de sobrevivência com jogo de resistência. Nesse caso, todos os perdedores morrem. Seja por quebrar as regras ou por cometer erros durante as partidas. O termo “eliminação” é levado ao extremo. Os jogos mortais acontecem em um local isolado para onde os
participantes são levados inconscientes. Confinadas até o fim, as centenas de
desesperados passam de uma prova para outra, sempre considerando a
possibilidade de encontrar a morte de maneira violenta. Algozes e jogadores não
têm identidade. Os primeiros se escondem atrás de máscaras com símbolos
hierárquicos e os segundos são identificados por números. Uma das maiores
crueldades é a inspiração dos jogos em si. Eles baseiam seus códigos e regras
em brincadeiras de criança, como Batatinha Um, Dois, Três, Cabo de Guerra, Bola
de Gude e por aí vai.